28 de julho de 2009

Estranha Lógiiica..


Estranha a lógica de quem invoca a selvageria do bandido para justificar a selvageria da policia.Horroriza-se tanto com a barbaridade que quer alastrá-la.Prega o que abomina.É como os que defendem a pena de morte:acham matar uma coisa tão inaceitável que se deve matar quem mata.

Autorizar a policia a executar o ladrão e o estado a assassinar o assassino transforma cada cidadão num cúmplice, cada contribuinte num mandante do crime.Se a retribuição selvagem tivesse algum poder de dissuasão,este fim friamente prático poderia ser usado para justificar os meios desumanos,e a vingança bíblica teria um adequado endosso cristão.

Mas está estatisticamente provado que a pena de morte não diminui a criminalidade.Existem até estudos sugerindo que a estimula,na medida em que o embrutecimento generalizado de uma sociedade só pode gerar mais monstros ,em vez de inibi-los.Nos EUA, há anos desenvolve-se uma competição entre certos governos estaduais e criminosos para ver quem consegue ser o maior serial killer,pois o assassinato de estado tem os mesmos requintes ,de método e ritualização,do crime patológico.

No Brasil, as pessoas que aplaudem a execução sumária do ladrão querem apagar a diferença entre o criminoso e a lei para que tudo se resolva no plano de reciprocidade animal,num torneio de facínoras dividido apenas entre os que defendem a sua propriedade e os que querem tomá-la.

Tudo isso seria ingenuidade,pra não falar burrice [vou logo pro baixo escalão!!].Pensamentos escandinavos num clima quente.Há uma guerra nas ruas e, como na piada,quem consegue manter a cabeça quando todos à sua volta estão perdendo a sua é porque ainda não se deu conta da situação.

É comum ouvir-se que só quem ainda não foi assaltado ou teve uma vitima de crime cruel na família defende a integridade de bandidos,como se a preocupação com direitos humanos e outras ‘bobagens’ fosse uma forma de insensibilidade.Outro exemplo da estranha lógica dos que querem racionizar a barbárie.

Mas não se trata de manter a cabeça para assegurar que temos sentimentos corretos.Trata-se de preservar um pequeno território de sanidade no meio desse tiroteio.
Nem que seja pra ter um lugar por onde recomeçar,depois..


-Genteeeê tava morrendo de saudade daquii. ;D E pessoal eu me ajoelho,me prosto,confesso!!Quero um layout que sejaa a minha caraa.Aceito sugestões :D
isso foi uma suplica gentee :X

beijO chuchU's

14 de julho de 2009

Assunto Sério?



Estava eu na longerrima fila pra assistir uma peça juntamente com minha prima e um cara chamou minha atenção,ele tava sozinho.ate que chegou o momento que puxei conversa,e foi ótimo surgiram variados assuntos,até porque esperamos 2horas na fila.Mas como tudo que é bom dura pouco, acabamos chegando no assunto religião...me deparei com um agnóstico.Adoreii,meu humor tava perfeito pro momento..

Futebol e religião são dois assuntos que provocam reações fortes(e provocou!),não importa como você os aborda.Nos dois casos você esta lidando com paixões humanas,num terreno em que muitas vezes a razão tem que ceder à cautela e o distanciamento critico pode ser um risco.Claro que a analogia não vai muito mais longe do que isso.

A paixão pelo futebol é profana(?!),pode envolver questões de vida e morte,mas sempre chega ao limite da sua significância,e mesmo pra quem o futebol é tudo na vida ,nunca será mais do que do que apenas futebol(nem venha contestar!kkk).

Já a religião tem a ver com as ultimas questões das pessoas,sua relação com sua própria finitude e o mistério de ser,sua necessidade de sentido e redenção.Um agnóstico,que literalmente só sabe que nunca saberá,deve se mover nesse terreno com algum melindre e nenhuma,nenhuma superioridade.

Quem mais precisa de humildade cristã é o incrédulo,diante das certezas e majestades da fé. Às vezes me pergunto – e não me respondo,porque não falo com gente doida direto!- O que seria do brasileiro sem futebol? E o que seria da humanidade sem religião?

E fica em aberto...

10 de julho de 2009

O fingiir..

Para um ator é necessário – para o exercício da profissão – interpretar inúmeros personagens. Antigamente, no teatro as máscaras eram utilizadas como peças de caracterização, as quais ajudavam os atores a compor um personagem. Por um período de tempo, o ator, na apresentação do seu trabalho, finge ser outra pessoa. Todo esse esforço visa tornar um personagem fictício em alguém “real”, provocando e arrancando as emoções desejadas dos espectadores.

Em muitas ocasiões (quase todas), podemos correr o risco de fazer da vida um teatro; fingindo e convencendo outra pessoa com falsas impressões.
No nosso dia a dia, facilmente identificamos momentos em que também representamos. Muitas vezes, temendo complicar uma situação ou querendo ser educados, fingimos ter gostado de determinada comida, mesmo que esta esteja sem sal, somente para não desagradar a quem nos oferece (por uma boa causa,não?). Da mesma forma, se alguém nos telefona em hora inoportuna, fingimos estar ocupados para encurtar a conversa; entre outras desculpas (faço isso direto :$).

Ainda dentro desse contexto, há empregados que fingem trabalhar. Na roda de amigos se uma pessoa achar conveniente personificar um “santo” agirá como tal. Diante da namorada, se for interessante, fingir-se-á (mesóclise?kk) ser carinhoso. Diante do patrão muitos empregados parecerão aplicados… Seja de um modo ou de outro, acabamos por aprender a arte da dissimulação.

Nada disso será problema para quem se habituou a representar e a viver mais um papel. Mas o perigo de tantas simulações é torná-las um hábito a ponto de se tornarem espontâneas ou dignas de fé.
Como um “camaleão” a pessoa será capaz de “atuar” mediante suas necessidades, buscando sempre tirar vantagens por meio do convencimento.
Por mais inofensivas que possam parecer tais interpretações, elas passam a fazer parte da vida de quem está acostumado a fingir, dificultando-lhe o discernimento entre o que é real e o que é ilusório.

O fingido quando contestado, insiste em dizer ser verdadeiro (com uma performance perfeita por sinal!!); e acreditando na sua versão, poderá até jurar. Contudo, para quem está habituado a interpretar, tal juramento será mais uma performance.

Todavia, na convivência diária, nada fica oculto. Cedo ou tarde, será impossível não perceber os deslizes de quem dissimula.
Antes que a arte de imitar saia dos palcos e adentre em nossos relacionamentos, melhor será não mascarar os fatos da vida real. Pois, triste será a decepção...

beijO Chuchu'S.Estava com saudade da blogsferaaa..HAAHAHA