30 de novembro de 2009

Peixe pensante? ¬¬

Estava eu em mais um escritorio esperando falar com mais um advogado, e sendo ele o primeiro já estava cansada pelo resto do dia.

Bem mais não quero ressaltar minha incrivel indisposição pelo trabalho e sim falar dos peixinhos no aquário que estavam na minha frente, nadando (¬¬) e brincando ,pareciam estar felizes ali juntos.

Nunca olhei com interesse pra peixes,não fasso a minima ideia do porque me chamou a atenção nesse momento,desconfio que tenha sido o ócio,mas ...fiquei me perguntando se eles pensavam (¬¬) influencia desses filmes infantis tão bonitinhos kkkkk’

Mas como sou uma pessoa não muito normal, mais inteligente o suficiente pra saber que peixe não pensa, senti inveja deles... as vezes tudo o que mais precisamos é parar de pensar.Pelo menos eu..

(...)
“Porque pensar é não compreender…
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo…”

Alberto Caieiro

20 de novembro de 2009

Uma Oração.

Minha boca pronunciou e pronunciará, milhares de vezes e nos dois idiomas que me são íntimos, o pai-nosso, mas só em parte o entendo. Hoje de manhã, dia primeiro de julho de 1969, quero tentar uma oração que seja pessoal, não herdada. Sei que se trata de uma tarefa que exige uma sinceridade mais que humana. É evidente, em primeiro lugar, que me está vedado pedir. Pedir que não anoiteçam meus olhos seria loucura; sei de milhares de pessoas que vêem e que não são particularmente felizes, justas ou sábias. O processo do tempo é uma trama de efeitos e causas, de sorte que pedir qualquer mercê, por ínfima que seja, é pedir que se rompa um elo dessa trama de ferro, é pedir que já se tenha rompido. Ninguém merece tal milagre. Não posso suplicar que meus erros me sejam perdoados; o perdão é um ato alheio e só eu posso salvar-me. O perdão purifica o ofendido, não o ofensor, a quem quase não afeta. A liberdade de meu arbítrio é talvez ilusória, mas posso dar ou sonhar que dou. Posso dar a coragem, que não tenho; posso dar a esperança, que não está em mim; posso ensinar a vontade de aprender o que pouco sei ou entrevejo. Quero ser lembrado menos como poeta que como amigo; que alguém repita uma cadência de Dunbar ou de Frost ou do homem que viu à meia-noite a árvore que sangra, a Cruz, e pense que pela primeira vez a ouviu de meus lábios. O restante não me importa; espero que o esquecimento não demore. Desconhecemos os desígnios do universo, mas sabemos que raciocinar com lucidez e agir com justiça é ajudar esses desígnios, que não nos serão revelados.
Quero morrer completamente; quero morrer com este companheiro, meu corpo.

Jorge Luis Borges in Elogio da Sombra

2 de novembro de 2009

CochichadOr

Julio Cesar tinha alguém sempre do lado para dizer no seu ouvido “lembra-te de que é mortal Cesar”.

Era para prevenir contra a megalomania, mas desconfio que também fosse pra animar o imperador: por pior que ele se sentisse, era melhor do que aquele infeliz cochichando no seu ouvido!! E o cochichador?Sua profissão era a da consciência de Cesar, mas também era muito melhor do que bobo da corte. Como o bobo, ele também era um critico consentido, sujeito a pontapés!!

Sempre quis saber se a consciência de Cesar o acompanhava no dia do assassinato. Imagino a cena. Brutus e os outros conspiradores empurram o cochichador para um lado e apunhalam Cesar,que cai mortalmente ferido.

Depois que os conspiradores fogem, o cochichador debruça-se sobre o corpo e fala:
- Eu não disse?

#genteeeê!saudade de vocês chuchu'S ;D